domingo, 8 de setembro de 2013

AS TRÊS PENEIRAS

AS TRÊS PENEIRAS





Crivo das três peneiras
            Olavo  foi transferido de setor. Logo no primeiro dia, para fazer média com o novo chefe, disse-lhe:
           Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Silva. Disseram-me que ele...
Nem chega a terminar a frase, e Juliano, o chefe, o interrompe:
            Espere um pouco, Olavo  . O que você vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?
           Peneiras? Que peneiras, chefe?
            A primeira, Olavo, é a da Verdade. Você tem certeza de que esse fato é  verdadeiro?
           Não... Como posso saber? Foi o que me contaram, mas acho que...
            E, novamente, Olavo é interrompido pelo chefe.
           Então sua história já vazou a primeira peneira. Vamos para a segunda que é a da Bondade. O que você vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?
           Claro que não! Deus me livre, chefe!, diz Olavo assustado.
             Então, continua Juliano, sua história vazou a segunda peneira também. Vamos à terceira, que é a da Necessidade. Você acha mesmo necessário me contar esse fato ou passá-lo adiante?
           Não, chefe. Só de passar pelo crivo dessas peneiras, já vi que não sobrou nada do que eu ia contar ¾ admite Olavo, surpreendido.
            Pois é, Olavo. Já pensou como as pessoas seriam mais felizes se os fofoqueiros usassem essas peneiras? Da próxima vez que surgir um boato por aí, submeta-o ao crivo das três peneiras:

  Verdade, Bondade e Necessidade.


Antes de obedecer ao primeiro impulso de passá-lo adiante.
Lembre-se:
Pessoas inteligentes falam sobre ideias.
Pessoas comuns falam sobre coisas.
Pessoas medíocres falam sobre pessoas.    

 
Autor desconhecido.

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